terça-feira, 13 de março de 2012

Rosali Scalabrin recebe Prêmio Bertha Lutz junto com Dilma Roussef


A  secretária municipal da Mulher  de Rio Branco, socióloga Rosali Scalabrin, recebeu  nesta terça-feira, 13, o Prêmio Bertha Lutz, conferido pelo Senado Federal às pessoas que se destacam na luta em defesa dos direitos da mulher. A presidente Dilma Roussef também  recebeu a honraria.  “É muita emoção para mim receber junto com a Presidente esse prêmio”, disse Rosali, que recebeu o diploma das mãos do senador Aníbal Diniz e da deputada Perpétua Almeida. O prefeito Raimundo Angelim e a Primeira-Dama de Rio Branco, Gerlívia Maia, prestigiaram a cerimônia junto com Concita Maia, secretária estadual de Políticas para Mulheres, autoridades nacionais e lideranças do movimento de defesa da mulher.
 
A presidenta cumprimentou as demais homenageadas com quem compartilhou o prêmio, citando uma a uma - Maria do Carmo Ribeiro, viúva do dirigente comunista Luiz Carlos Prestes (1898-1990); a primeira senadora brasileira, Eunice Michiles; Rosali Scalabrin  e a professora do Departamento de Ciência Política da Universidade Federal da Bahia Ana Alice Alcântara da Costa. “Duas palavras são caras para o nosso governo e foram para o Governo Lula: Igualdade de oportunidades. São palavras chaves desse novo milênio, não só para as mulheres, mas para todos os brasileiros. Só seremos uma nação desenvolvida se isso ocorrer”.
 
Rosali está há sete  anos à frente da Coordenadoria Municipal da Mulher (CoMulher) de Rio Branco.   Em julho, Rosali completará 50 anos, 35 dos quais inteiramente dedicados ao movimento social. Tudo começou nos idos de 1970 no interior do Pará, precisamente na região da rodovia Transamazônica para onde a gaúcha de Irati mudou-se com a família. Rosali ainda era uma adolescente – tinha apenas quinze anos – quando decidiu que sua vida seria lutar pelos excluídos. Havia uma luta primordial a ser travada no Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Santarém e Rosali e suas companheiras tomaram essa bandeira: o direito da mulher agricultora filiar-se ao sindicato.  Esse direito foi conquistado tempos depois.

Em seu discurso, Dilma Roussef  lembrou que o direito de exercer papel relevante na sociedade sempre custou muitos sacrifícios às mulheres e que elas ainda têm muito a avançar na luta pela igualdade. Mas a Presidente reservou longo espaço de sua fala anunciando as conquistas, citando os vários programas que vêm sendo desenvolvidos para reduzir a desigualdade de gênero e social. “Reconhecer as atividades delas (homenageadas) mostra que ainda existem diferenças e necessidade de luta contras as desigualdades”, afirmou a Presidente Dilma.
 
Uma vida de lutas - Rosali chegou ao Acre em 1986, a convite da Comissão Pastoral da Terra (CPT)  para colaborar na organização sindical dos trabalhadores rurais no auge dos conflitos de terra.
 
Nesse período, ajudou a organizar os sindicatos rurais, a Central Única dos Trabalhadores, o Movimento dos Trabalhadores Rurais e seringueiros do Acre e atuou no movimento de defesa das reservas extrativistas e preservação da floresta, que culminou no bárbaro assassinato do líder Chico Mendes. Foi fundadora da Rede Acreana de Mulheres e Homens, uma ONG feminista na qual atuou por vários anos.

Em 1994, fez parte do primeiro Conselho Municipal da Mulher em Rio Branco e da equipe da Casa Rosa Mulher, Centro de Referência para Mulheres Vítimas de Violência, ligada à Prefeitura de Rio Branco.

Atuou por dois anos no Ministério da Agricultura, no Departamento de Cooperativismo, onde criou o Programa Coopergênero, em prol do cooperativismo associado à igualdade entre homens e mulheres no campo.
 
Em 2011, então coordenadora municipal de Políticas para Mulheres de Rio Branco, Rosali Scalabrin foi eleita integrante da comissão organizadora da 3ª Conferência Nacional de Políticas para Mulheres, em Brasília, representando o Fórum Nacional de Organismos de Políticas para as mulheres.

Desde 2008, compõe o Comitê de Movimento do Plano Nacional de Políticas para as Mulheres, representando o Fórum Nacional de Organismos de Políticas para as Mulheres e é conselheira de honra do Conselho Estadual dos Direitos da Mulher - CEDIM. Seu trabalho à frente da Coordenadoria da Mulher da Prefeitura de Rio Branco beneficia mulheres vítimas de violência doméstica, mulheres em situação de vulnerabilidade social e extrema pobreza e trabalhadoras rurais, além de jovens e adolescentes das escolas públicas, com um trabalho sobre a saúde e sexualidade, com foco na prevenção e redução da gravidez precoce.


Fonte: riobranco.ac.gov.br

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