terça-feira, 10 de abril de 2012

Angelim comemora dois anos de Ceasa e inaugura Banco de Alimentos

 

                              Fotos: Marcos Vicentti

O prefeito Raimundo Angelim conduziu nesta quinta-feira, 10, duas importantes agendas para a produção familiar e  segurança alimentar:  o aniversário de dois anos de funcionamento  da Central de Abastecimento de Rio Branco (Ceasa)  e a inaguração do Banco de Alimentos. A primeira fatia do bolo de dois metros preparado para comemorar a data foi dada pelo prefeito ao agricultor Henrique Luiz Rodrigues, do projeto de assentamento Caquetá, que chegou por primeiro na Ceasa no dia de sua abertura ao público.
 
Estiveram presentes o secretário de  Floresta e Agricultura, Jorge Fadel;  o deputado estadual Geraldo Pereira; o secretário de Estado de Extensão Rural e Produção Familiar, Lourival Marques; representantes de órgãos estaduais, federais e municipais; lideranças comunitárias e produtores rurais. O coordenador da Ceasa, Sergio Braña deu as boas-vindas aos convidados. “O volume de comercialização não é grande mas o modelo de gestão é considerado o melhor do Brasil”, afirmou  o prefeito Angelim, anunciando que encaminhará para a Câmara de Vereadores projeto de lei denominando de Francisco Cartaxo o prédio da Ceasa. Engenheiro agrônomo, Cartaxo foi secretário de Agricultura de Rio Branco no primeiro mandato de Angelim. Morreu há cinco anos depois de intensa luta contra o câncer.
 
Os presentes participaram de um café da manhã com bolo, frutas e guloseimas.  O ato  é traduzido como a  comemoração do sucesso alcançado pela central.  A Ceasa transformou completamente o setor de produção tanto na capital como em vários municípios,  abrindo  espaço para concessionários de outros Estados, gerando emprego, renda e satisfação. “Estou muito feliz porque fiz parte desse processo”, disse o deputado Geraldo Pereira. De seu lado, o secretário Lourival Marques ressaltou a parceria entre Prefeitura e governos Federal e Estadual.

A Central começou a funcionar em março de 2010, mas só no dia 10  de maio teve a inauguração oficial, desde então, projetos como o Dia do Peixe, as Feiras do Peixe e Agricultura Familiar, Feira de Natal da Produção Familiar, Encontro Nacional das Ceasas, Cursos de Pós- colheita e Embalagem da Banana e Macaxeira, Educação Alimentar, Seminário “As Organizações Sociais em Debate” Campanha de reciclagem e reutilização do óleo de fritura, além de muitas outras ações e realizações como a instalação do Banco de Alimentos na Ceasa Rio Branco, foram executados de forma eficaz e com efetividade. A Ceasa  promove segurança, manutenção, fiscalização de embalagens, classificação e sanidade de produtos. Um painel conectado ao Sistema Seasa do Brasil  gera informações em tempo real sobre as bolsas de mercadorias e cotações de produtos em todas as regiões do país.

A área de comercialização é de 2,9 mil metros quadrados, em um galpão de 4,9 m², dividido em 36 boxes de 28,8m² cada e 130 espaços no galpão do produtor, sendo que de cada um tem 4,8m². 
Movimento de mais de R$66 mi e 29 mil toneladas de alimentos comercializadas
 
A Central de Abastecimento e Comercialização de Rio Branco concentra negócios dos produtos hortigranjeiros além de ser o Centro de Informações e estudos sobre produção e comercialização dos produtos hortigranjeiros na região. A Ceasa é um projeto que surgiu a partir da necessidade de organizar a comercialização e melhorar o abastecimento de produtos hortigranjeiros em Rio Branco.
 
Diante todo o processo de funcionamento a Ceasa Rio Branco emprega diretamente trinta e um funcionários, e já comercializou durante esses dois anos de funcionamento, 29 mil toneladas de produtos hortigranjeiros, gerando uma movimentação financeira de R$ 66,22 milhões de reais.

Seus30 boxes estão ocupados, 130 módulos com uma média de 84% de ocupação, 100% ocupados nos eventos mais importantes, como as feiras do peixe.

“Não somos mais atravessadores, mas atacadistas”
Um dos primeiros a vender sua produção na Ceasa, Manoel Saturnino de Araújo tem 72 anos e mora em Plácido de Castro. Em sua propriedade no ramal Samaúma produz muitas frutas e regularmente está na Ceasa para negociar. “A Ceasa me ajudou bastante porque a gente comercializa diretamente com a pessoa”, disse ele.
 
Elizete Gaia e duas amigas tocam juntas o Box das Meninas e da Pimenta de Cheiro, que como o nome indica, vende pimenta cheirosa e frutas. Para Elizete, seus negócios aumentaram 15% com o advento da Ceasa. Antes, ela trabalhava no mercado Elias Mansour.  “Não somos mais vistos como atravessadores mas como atacadistas”, resumiu  Elizete.
Cidade do Alimento: novos canais de comercialização
 
A meta do prefeito Raimundo Angelim é consolidar nas terras da Ceasa a Cidade do Alimento com a criação de novos canais de comercialização que se conectam com a Central de Abastecimento e o Banco de Alimentos. As Centrais de Abastecimento do Brasil começaram a ser implantadas na década 60 com o objetivo de organizar e dinamizar o setor hortigranjeiro. Hoje, existem cerca de 70 mercados atacadistas de propriedade federal, estadual, municipal e particular. Movimentam R$ 22 bilhões/ano, mais do que os grãos e oleaginosas. Hortigranjeiro é o setor da agricultura que mais cresce no mundo porque o consumo de hortícolas cresce mais que o de outros produtos agrícolas. Sua produção é parcelada em áreas e origem, possibilitando alta receita/hectare e demandando mão de obra no campo. A Ceasa é um projeto que surgiu a partir da necessidade de organizar a comercialização e melhorar o abastecimento de produtos hortigranjeiros em Rio Branco.

Banco de Alimentos é inaugurado como modelo para o Brasil
O Banco de Alimentos de Rio Branco já funciona em parceria com o programa Cozinha Brasil, do Serviço Social do Comércio (Sesc) e foi oficialmente inaugurado nesta quinta-feira, 10, completando a festa de aniversário da Ceasa.  Localizado no pátio da Central de Abastecimento (Ceasa), na Estrada da Sobral, o Banco de Alimentos  atua  no recebimento de doações de alimentos considerados impróprios para a comercialização, mas adequados ao consumo.  A unidade de 268 metros quadrados custou  R$355.103,53  em recursos do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome e do Tesouro Municipal.
 
Participaram da inauguração a representante da Embrapa, Cleísa Brasil; as secretárias Claudia Cunha (Obras) e Estefânia Pontes (Assistência Social); Dalcicléia Costa, coordenadora do banco; Carlos César, do  Sesc; A representante do Ministério de Desenvolvimento Social, Isis Leite,  e o secretário de Floresta e Agricultura, Jorge Fadel, que agradeceu o apoio na concretização de mais um equipamento que favorece o combate à fome e o desperdício de alimentos. O ativista José Rodrigues Sampaio foi destacado para representar as 16 instituições que imediatamente estão sendo beneficiadas pelo Banco de Alimentos. “Com algo assim fica mais fácil de a gente cuidar das pessoas que não estão em condições de se cuidar sozinhas”, disse ele, que mantém o abrigo Vale da Benção, de recuperação de drogaditos.
 
Isis Leite disse que a experiência do Acre, de construir o Banco de Alimentos na área da Ceasa, deve ser levada para o Brasil inteiro. “Esta iniciativa é modelo para o País”, disse Isis. O representante do Sesc reafirmou seu compromisso com o projeto e colocou sua instituição à disposição para melhorar ainda mais o trabalho. O presidente do Conselho Estadual de Segurança Alimentar, Cazuza, fez um agradecimento especial ao prefeito Raimundo Angelim, destacando-o como gestor profundamente envolvido com as causas sociais.

Os alimentos doados passam por várias etapas de seleção, triagem, limpeza e identificação até serem  repassados a instituições da sociedade civil sem fins lucrativos que produzem e distribuem refeições gratuitamente a pessoas em situação de vulnerabilidade alimentar e social.
 
Nos Bancos de Alimentos  os gêneros alimentícios são recepcionados, selecionados, processados ou não, embalados e distribuídos gratuitamente às entidades assistenciais.  Estas se encarregam de distribuir os alimentos arrecadados à população, seja através do fornecimento de refeições prontas ou o repasse direto às famílias vulneráveis. Em contrapartida, as entidades atendidas pelos Bancos de Alimentos participam de atividades de capacitação e educação alimentar.
 
De acordo com Sergio Braña, diretor da Ceasa, sobram diariamente 30%  de alimentos naquela central. Hoje, já é feita a doação para as entidades assistenciais e o Banco de Alimentos deverá potencializar esse trabalho.
 

Fonte: riobranco.ac.gov.br

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