quarta-feira, 29 de agosto de 2012

A última cartada de Bocalom

 
Quem assistiu na última segunda-feira (27/08) ao programa eleitoral do candidato tucano, Tião Bocalom, certamente deve ter estranhado o fato de que, com apenas uma semana de propaganda na TV e no Rádio, um candidato que supostamente daria “uma surra de votos” no seu oponente, que venceria a eleição no primeiro turno, tenha produzido um programa com um único objetivo: distribuir ataques gratuitos e mentirosos contra o Ibope, contra o governador Tião Viana e o Senador Jorge Viana e contra o próprio Marcus Alexandre. Quem assistiu, testifica que só faltou jorrar sangue na tela da TV. Por que tanta baixaria? A resposta a esta pergunta é simples e surpreendente: com apenas um mês e meio de campanha, Bocalom lança mão de forma desesperada da última, e provavelmente, única cartada para deter a subida meteórica da candidatura petista.

Afinal, o que tem Bocalom a mostrar nesta campanha? Sua duvidosa declaração de bens, com supostas terras adquiridas do Incra e da Colonacre? Sua “competência” para dobrar o patrimônio e tornar-se um milionário em apenas dois anos recebendo um salário de professor? Sua “competência” para administrar, com todo o respeito que tenho por Acrelândia, um município que não tem a população de um bairro de Rio Branco? Suas grandes obras que ninguém viu? Sua competência e experiência como empresário falido? A heróica história de um homem que largou um mandato de vereador no Paraná para viver o sonho do eldorado no Acre? A mesma ladainha de sempre sobre a produção? Propostas mirabolantes dissonantes da realidade? Seu plano para “enxugar a máquina” da prefeitura? Seu plano de governo (se é que assim possa ser chamado) de quatro páginas?A realidade é que Bocalom e a cúpula tucana literalmente acusaram o golpe, pois tinham a crença absoluta de que a eleição já estaria ganha no primeiro turno e não contavam com o crescimento vertiginoso do candidato petista de forma tão rápida e consistente, na mesma medida em que o candidato tucano cai, dados estes atestados pelo Ibope e por pesquisas internas. O certo é que a população começa a enxergar em Marcus Alexandre a grande novidade desta eleição e isso se mostra evidente em suas propostas, na forma de se portar como candidato e de fazer campanha. É o novo para Rio Branco.

Sobre pesquisas eleitorais, o publicitário João Santanna - responsável por comandar as campanhas vitoriosas da reeleição de Lula e da eleição de Dilma - recomenda não brigar com elas, nem se submeter. É exatamente o que Bocalom não está fazendo. No alto de sua arrogância, ao brigar com a pesquisa Ibope, tenta maquiar uma realidade posta, chegando ao absurdo de censurá-la. Quem faz política e coordena campanhas, sabe que a máxima do publicitário é correta. De outra forma, pra quê contrataríamos pesquisas internas, senão para verificarmos a situação real de nossas campanhas? Ademais, a referida pesquisa não foi contratada por partidos, mas pela Rede Amazônica. Afora os números apontados na pesquisa, de quase 15 dias atrás, que mostram um empate técnico das duas candidaturas, o dado fundamental apontado pela pesquisa é de que Marcus Alexandre está em curva ascendente, enquanto que o tucano está na descendente. Isso deixa os tão confiantes tucanos em polvorosa.

Quanto aos ataques requentados proferidos contra nossas lideranças e Marcus Alexandre, apesar de respondidos diversas vezes em períodos anteriores à campanha, inclusive em debates públicos, acessaremos a Justiça Eleitoral para ter o direito de resposta que nos é garantido pela legislação eleitoral. E responderemos à altura. E o que sobrará no discurso do Bocalom? Apenas a baixaria e o desespero.

Quanto a nós, continuaremos nossa campanha limpa, pé-no-chão, mostrando nosso plano de governo e como faremos para dar conta dos novos desafios, com novas soluções, capitaneadas por um novo prefeito, sem cair no submundo das baixa-rias e do jogo sujo que nossos adversário querem transformar esta campanha. Mas seremos duros contra as mentiras daqueles que querem enganar o povo, pois é nossa missão fazer o novo.

* Léo de Brito, presidente estadual do PT

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